O câncer, que pode surgir de qualquer tipo de célula e de qualquer tecido do organismo, não é uma doença única, mas um grande número de doenças classificadas de acordo com o tecido e o tipo de célula de origem.
Há centenas de formas distintas, sendo três os principais subtipos:
* Sarcomas: originam-se do tecido conjuntivo e dos tecidos de suporte, como osso, cartilagem, músculo, vasos sangüíneos e gordura.
* Carcinomas: incluem as formas mais freqüentes de câncer humano e procedem dos tecidos epiteliais, como a pele e os tecidos glandulares da mama e da próstata. Os carcinomas que procedem do tecido glandular são chamados de adenocarcinomas.
* Leucemias e linfomas: inclui os cânceres dos tecidos formadores das células sangüíneas e é caracterizado pela dilatação dos nódulos linfáticos, a invasão do baço e da medula e a superprodução de glóbulos brancos imaturos.
No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte por doença, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares: provoca cerca de 10% do número de óbitos registrados a cada ano.
Os tipos de câncer mais comuns no Brasil são, pela ordem, câncer de mama; colo de útero; estômago; pulmão; cólon e reto; próstata; e esôfago. Juntos, respondem por quase 50% do total.
* COMO O câncer OCORRE
Certos fatores são capazes de provocar câncer em uma determinada proporção de indivíduos a eles expostos. Entre estes, encontram-se a hereditariedade, os vírus, as radiações ionizantes, os produtos químicos, as alterações do sistema imunológico e fatores ambientais.
O câncer é um processo de múltiplas etapas, no qual uma série de erros genéticos irreversíveis ocorre numa célula do corpo durante a vida do paciente.
Os primeiros estágios (chamados de iniciação) são críticos para o estabelecimento do processo. Mudanças posteriores levam à difusão e ao aumento da taxa de crescimento, e são disparados por uma série de fatores externos, conhecidos como "promotores". Os erros podem acontecer porque a pessoa foi exposta a agentes causadores do câncer (carcinógenos). Por exemplo, a fumaça de cigarro contém muitas substâncias químicas que funcionam como iniciadores e promotores. Em algumas pessoas, porém, há também defeitos genéticos herdados que podem disparar o mecanismo de uma célula cancerosa em potencial.
Os genes são feitos de ácido desoxirribonucléico, o adn. A cada vez que uma célula se divide, é feita uma cópia do adn. As vezes ocorre um erro e a nova célula fica com um gene alterado (uma mutação).
Se a mutação acontece num gene que normalmente controla o crescimento da célula, esta pode adquirir o potencial para se tornar cancerosa. Isto significa que o crescimento canceroso, ou neoplasia, é clonal: todas as células procedem de uma única célula-mae. Essas células que escaparam ao controle que, em condições normais, regula o crescimento celular podem proliferar-se e formar uma massa, chamada tumor, que cresce sem manter qualquer relação com a função do órgão do qual se origina.
O organismo tem maneiras de lutar contra as mutações e é preciso que se acumule um certo número de erros para que um tumor se desenvolva. Isso pode levar um longo tempo, daí porque o câncer é principalmente uma doença de pessoas mais velhas. Por exemplo, 95% dos casos de câncer de cólon e reto ocorrem em pessoas com mais de 50 anos.
Todos os cânceres formam tumores, mas nem todos os tumores são cancerosos, ou malignos. A maioria, na verdade, é benigna; isto é, não ameaça a saúde.
Os tumores benignos caracterizam-se por um crescimento localizado e lento e por apresentar uma estrutura semelhante ao tecido de procedência.
Os tumores malignos caracterizam-se por sua capacidade de disseminação fora do local de origem. A invasão dos tecidos vizinhos pode ocorrer por extensão ou infiltração, ou à distância, causando crescimentos secundários conhecidos como metástases.
* TRATAMENTO
As medidas terapêuticas tradicionais incluem a cirurgia, a radiação e a quimioterapia; porém,
Atualmente, pesquisa-se a utilidade da imunoterapia e da modulação da resposta biológica; mas, a principal estratégia para o tratamento do câncer é a excisão de todas as células malignas pela intervenção cirúrgica.
A radioterapia pode ser útil como coadjuvante da cirurgia, pois a radiação pré-operatória pode diminuir a massa tumoral, facilitando a cirurgia ou transformando um tumor inoperável em outro operável.
A quimioterapia é útil para aqueles tumores cuja disseminação tornou-os inacessíveis à cirurgia ou à radioterapia.
Como a temperatura da pele varia em resposta a afecções do tecido subjacente, condições como problemas circulatórios, um processo inflamatório e um câncer são visíveis por câmaras sensíveis ao calor infravermelho. O tecido canceroso aparece em amarelo, contrastando com a coloração azul e verde do resto do corpo.
Portanto, consulte sempre seu médico; afinal, exames periódicos, check-ups são sempre uma excelente idéia para tranqüilizar a pessoa quanto à saúde dela ou permitir que doenças sejam mais facilmente combatidas por terem sido identificadas no início de sua manifestação.
FONTE/AUTOR: Redação do Saúde Informações